O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Volume 3
(BRASIL, 1998) trata da relação da matemática construída pela criança desde
seus primeiros anos, como se explicita essa relação que está presente em seu
cotidiano,
As crianças, desde o nascimento, estão imersas em um universo do qual os
conhecimentos matemáticos são parte integrante. As crianças participam de uma
série de situações envolvendo números, relações entre quantidades, noções sobre
espaço. Utilizando recursos próprios e pouco convencionais, elas recorrem à
contagem e operações para resolver problemas cotidianos, como conferir
figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre os
amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o dinheiro e operar com ele etc.
(BRASIL, 1998, p. 207)
O que se prega é uma visão da matemática como criação humana, “[...] o
professor tem um papel mediador, o organizador do ambiente para aprendizagem na
sala de aula. O aluno é ativo e construtor do seu próprio conhecimento.” (NACARATO,
MENGALI, PASSOS, 2009. p. 25). E o Referencial assume essa postura na
maneira de se trabalhar a matemática na Educação Infantil.
Ao se trabalhar com conhecimentos matemáticos, como com o sistema de
numeração, medidas, espaço e formas etc., por meio da resolução de problemas,
as crianças estarão, consequentemente, desenvolvendo sua capacidade de
generalizar, analisar, sintetizar, inferir, formular hipótese, deduzir,
refletir e argumentar. (BRASIL, 1998, p 212)
Dessa forma a visão de matemática que se busca alcançar é a de
conhecimento histórico da humanidade, “com o ensino voltado aos processos
gerativos da matemática, com ênfase na resolução de problemas” (NACARATO,
MENGALI, PASSOS, 2009. p. 25) e não como uma relação de descrédito ou até mesmo
de pavor por parte daqueles que vivem dentro da instituição escolar, pavor que
tende a permanecer nos anos seguintes, durante a própria vivência. O que se
busca é encontrar um elo entre a matemática e seu reconhecimento na vida humana
em diversas situações do dia a dia e essa construção prazerosa deve se
consolidar desde a educação infantil. Uma das estratégias mais eficientes para
construir essa relação é o uso de jogos e brincadeiras de valor matemático nas
rotinas das salas de atividades.
Referências Bibliográficas:
NACARATO, A. M.; MENGALI, B. L. da S.; PASSOS, Cármen Lúcia Brancaglion.
A formação da professora polivalente: desafios de ensinar o que nem sempre se
aprendeu. In:_________________: A matemática nos anos iniciais do ensino
fundamental tecendo fios do ensinar e do aprender. São Paulo: Autêntica,
2009, p.15-38
BRASIL, Ministério da Educação, Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil. Volume 3. Brasília MEC/ SEB,
1998.
Nenhum comentário:
Postar um comentário